Nos últimos cinco anos, 5.268 novos casos de aids foram diagnosticados no Amazonas, segundo dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (Datasus), do Ministério da Saúde (MS). O número, que equivale a uma média de 3,2 casos por dia, foi intensificado pelo ano de 2013 que, sozinho, registrou 1.341 novas notificações. De janeiro a maio deste ano, 127 casos já foram registrados, no Estado.
Segundo o Datasus, os homens, com 3.594 diagnósticos, foram os que mais descobriram possuir a doença, no Amazonas, entre 2010 e o ano passado. As mulheres, no mesmo intervalo, corresponderam a 1.674 notificações.
Com 907 diagnósticos, 2013 foi o ano que registrou o maior número de novos casos de aids entre os homens, no Estado. Em seguida, estiveram 2010 (742), 2011 (721), 2012 (699) e 2014 (525).
O ano de 2013 também liderou em número de casos da doença entre as mulheres. Conforme o Datasus, naquele ano, 434 pacientes do gênero feminino descobriram estar infectadas. No ano anterior e em 2010, 343 mulheres também receberam o diagnóstico, assim como 328 pacientes, em 2011, e 226 entre janeiro e junho de 2014.
Em todo o ano passado, segundo a Secretaria de Estado de Saúde (Susam), 1.727 casos de aids foram diagnosticados, no Amazonas.
Manaus lidera
Dos 3.594 homens com casos confirmados de aids, no Amazonas, nos últimos cinco anos, 85,6% (3.077) tinham Manaus como município de residência. No caso das 1.674 mulheres que descobriram ter a doença, no mesmo período, 77,9% (1.305) moravam na capital do Estado.
O MS aponta, ainda, as categorias de exposição hierarquizadas, ou seja, identifica as formas que os diagnosticados contraíram a doença. Entre as categorias o Datasus aponta infecções através de relações homossexuais, heterossexuais ou bissexuais; do uso de drogas injetáveis; hemofílicos; por transfusão de sangue; por acidente com material biológico ou transmitido de mãe para filho.
No Amazonas, das mais de 5,2 mil pessoas diagnosticadas com aids, nos últimos cinco anos, 2.300 contraíram a doença através de relações sexuais heterossexuais; 1.700 por forma ignorada; 778 através de relações sexuais homossexuais; 326 através de relações bissexuais; 121 por transmissão de mãe para filho; 44 por uso de drogas injetáveis (UDI) e um hemofílico.
Levando em consideração a faixa etária dos pacientes diagnosticados no Amazonas, os com idades entre 30 e 34 lideraram o ranking nos últimos cinco anos, com 1.014 casos. Em segundo lugar, estiveram os com idade entre 25 e 29 anos (1.012); seguidos pelos pacientes na faixa etária de 40 a 49 anos (908); de 20 a 24 anos (776); de 35 a 39 anos (720); 50 a 59 anos (354); 13 a 19 anos (229); 60 anos ou mais (119); menores de 5 anos (93) e de 5 a 12 anos de idade (41).
De acordo com dados do Sistema de Informações de Agravos de Notificação (Sinan) e do Sistema de Informação por Morte (SIM), divulgados pelo Fórum de Prevenção à Aids e HIV do Amazonas, em fevereiro deste ano, o Amazonas é o segundo Estado brasileiro em taxa de incidência e mortalidade de aids por ano de diagnóstico.
Mortes
A taxa de mortalidade no Amazonas, segundo os registros do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM), está em torno de 6,01. Em 2015, já morreram 37 pacientes até abril, de acordo com a Susam.
De acordo com o Fórum, analisando a série histórica dos anos de 1986 a 2014, o Amazonas já registrou 11.072 casos de aids. Dados da Susam revelam que 9.290 pessoas estão em tratamento de aids nas 12 Unidades Dispensadoras de Medicamentos (UDMs) no Estado. Nas UDMs, são 14 em todo o Estado, sendo cinco em Manaus e o restante distribuídos em mais nove municípios. Até o final de 2015, de acordo com a secretaria, serão mais quatro UDM no interior. Os medicamentos são distribuídos mensalmente.
O Fórum afirma ainda que, na capital, a taxa de incidência por 100 mil habitantes chegou a 29,2 casos para cada 100 mil habitantes em 2013, ou seja, 44,7% maior que a taxa do País.
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