“Verificou-se que os preços dos produtos que constavam nas notas fiscais eram incompatíveis com o mercado local. Havia, inclusive, gêneros alimentícios comprados para as Casais que nunca deram entrada na dispensa dessas unidades de saúde”, afirmou o diretor do Conselho Geral da Tribo Sateré Maué (CGTM), Derli Batista. A assembléia de prestação de contas foi realizada em dois dias, na segunda e encerrou nesta terça-feira, no espaço de eventos do restaurante Du Petro, no Centro de Parintins.
O presidente das Organizações Tradicionais dos Povos Indígenas do Baixo Amazonas (AKang), Aldamir Sateré, disse que o caso será agora enviado ao Ministério Público Federal (MPF). “Vamos encaminhar denuncia ao MPF para que isso seja apurado. Já estamos adotando providencias de chamar um técnico par analisar as notas fiscais apresentadas para a partir daí formalizarmos a denuncia”, assegura.
Aldamir Sateré falou ainda que a mesma denuncia será encaminhada ao secretário Especial da Sesai, Antônio Alves e ao presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), João Pedro Gonçalves. “A Funai está realizando conferências de políticas públicas. Um dos eventos acontece quarta-feira (15) em Nhamundá e a partir do dia 20 em Barreirinha. Nesta conferências já iremos apresentar nossos reclames sobre as irregularidades na aplicação de recursos da Sesai no Baixo Amazonas”, concluiu o presidente da Akang.
As organizações indígenas irão também realizar uma nova assembléia para decidir sobre a permanência ou não da chefe do Dsei, Paula Cristina, a frente do Distrito de Parintins. A reportagem não conseguiu localizar a chefe do Distrito.
Texto: deamazonia
foto: divulgação